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Maio Roxo: mês dedicado ao alerta sobre doenças inflamatórias intestinais

Enquanto trabalhos científicos demonstram tendência no aumento do número de casos de doenças inflamatórias intestinais no Brasil, saiba como prevenir e quais podem ser as melhores opções de tratamento para elas.

Por que o mês de maio?

As doenças inflamatórias intestinais (DII) atingem mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo, e no Brasil tem sido observado aumento no número de novos casos nos últimos anos. Para conscientizar sobre as DII, que compreendem principalmente a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) criou a campanha Maio Roxo, organizada pelo Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil (GEDIIB) e pelas associações de pacientes. O mês é dedicado às DII porque em 19 de maio é celebrado o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais.

Quais os principais sintomas que devem ser observados para alertar e direcionar a um possível diagnóstico de DII?

Para pessoas entre 15 e 40 anos e que possuem sintomas como diarreia, dor abdominal, perda de peso não intencional, cansaço (fadiga), febre, sangue nas fezes e apetite reduzido, recomenda-se que procurem por um médico para que ele possa realizar um diagnóstico, que costuma acontecer por meio de análise da história clínica, exames laboratoriais, endoscópicos (endoscopia digestiva alta e colonoscopia) com biópsias e radiológicos (tomografia ou ressonância magnética). É importante lembrar que cerca de 15 a 30% dos pacientes com DII também podem apresentar manifestações extraintestinais, como dor nas articulações (reumatológicas), lesões dermatológicas e oftalmológicas.

É verdade que, uma vez diagnosticada a DII, não existe cura para ela?

Infelizmente, sim. As DIIs ainda não têm cura, mas a boa notícia é que com um bom tratamento (sempre acompanhado por um médico) permite a resposta e a remissão clínica, controlando o processo inflamatório da doença, que, desta forma, não apresenta mais os sintomas. Por isso a importância da data e de reforçar que, quanto antes o diagnóstico e o tratamento acontecerem, melhor será a qualidade de vida dessas pessoas. 

O tratamento é dividido, basicamente, em dois momentos: indução da remissão e manutenção. Na indução, pode ser iniciado, na dependência do seu quadro clínico e gravidade, com anti-inflamatórios tópicos (derivados salicílicos) e/ou corticoides e até mesmo a terapia biológica/pequenas moléculas. Essas medicações seguem, em geral, uma sequência progressiva. Na fase seguinte (manutenção), as medicações utilizadas podem ser as mesmas, com exceção dos corticoides, podendo fazer-se o uso de imunossupressores, em especial a azatioprina, associada ou não à terapia biológica, e a manutenção da terapia biológica/pequenas moléculas. A dieta também possui papel importante no tratamento, principalmente nos períodos de fase aguda da doença, quando há sintomas como a diarreia.

Saúde mental e intestino: a importância de falar sobre essa relação

O comprometimento da saúde mental dos indivíduos que possuem DIIs pode acontecer, devido à redução na produção de serotonina pelo intestino. Esse hormônio é o principal responsável pela sensação de bem-estar. Assim, estima-se que cerca de 20% das pessoas com DIIs apresentam ansiedade e 35% apresentam sintomas depressivos, o que é quatro vezes maior que na população mundial em geral. Desse modo, os tratamentos para a saúde mental, quando associados ao tratamento para o intestino, podem ter maior chance de sucesso, aumentando a qualidade de vida desses indivíduos.

E quais as últimas novidades que devemos saber sobre essa relação?

Especialistas em saúde mental estão aproveitando o poder dos “psicobióticos”, que são probióticos que podem produzir benefícios específicos para o sistema nervoso. A premiada marca de suplementos probióticos e prebióticos Seed Health lançou um programa de desenvolvimento do cérebro e intestino com a Axial Therapeutics em julho de 2022. Usando pesquisas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, a marca vinculará a saúde intestinal do microbioma ao potencial alívio da ansiedade, estresse e depressão. O Caltech foi o primeiro laboratório a descobrir a relação entre micróbios intestinais e condições neuropsiquiátricas, e sua pesquisa será usada para entender melhor e formular possíveis tratamentos de microbioma para benefícios de saúde mental e emocional.(4)

A saúde linfática também tem sido o mais novo foco para o bem-estar, como é o caso da Gua sha, uma prática da medicina tradicional chinesa de raspar a pele para estimular o fluxo linfático, que vem sendo adotada por celebridades ocidentais e aparecendo em spas de luxo em todo o mundo. No Gua sha, uma ferramenta é usada para raspar a pele lubrificada para produzir petéquias leves – hematomas vermelhos semelhantes a areia, indicando capilares rompidos logo abaixo da pele. O objetivo é promover a circulação da linfa, o líquido incolor e aquoso que transporta os glóbulos brancos para os órgãos e transporta os resíduos de volta, ajudando a combater infecções.

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