A jornada do paciente além do acesso à informação
As doenças crônicas são uma das principais preocupações tanto das empresas de healthcare quanto dos sistemas de saúde. Administrar esses pacientes é um desafio, pois embora essas doenças sejam responsáveis por 72% das mortes que ocorrem no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas cerca de 20% dos pacientes aderem aos tratamentos propostos.
Isso em um cenário no qual as patologias impactam na rotina e na qualidade de vida dos pacientes. Fazer o gerenciamento de pacientes crônicos é importante, pois com o acompanhamento correto é possível controlar e prevenir o agravamento de muitas dessas doenças.
Mas oferecer o melhor tratamento nem sempre é a chave para o sucesso do gerenciamento desse paciente. É preciso ter um olhar diferenciado sobre o que significa verdadeiramente acompanhá-lo e engajá-lo em uma jornada de cuidados. Aspectos emocionais, funcionais e sociais precisam ter garantidos o importante papel que desempenham na vida de um paciente crônico. Somente essa perspectiva traz verdadeira humanização e acolhimento.
Um dos primeiros passos para qualquer esforço de envolvimento do paciente é educá-lo sobre sua condição; é muito mais difícil nos envolvermos com os cuidados com a nossa saúde quando não entendemos o que é a doença e quais impactos ela pode trazer.
Os profissionais de saúde devem se apoiar em estratégias de educação do paciente que ofereçam suporte desde o diagnóstico, considerando suas necessidades e condições. É preciso oferecer ferramentas que facilitem o engajamento em toda a sua jornada, ajudando-o a superar barreiras e a permanecer no tratamento.
Hoje o paciente vai à consulta empoderado, preparado para argumentar e participar das decisões em relação ao seu tratamento. De acordo com uma pesquisa do Google, o conteúdo digital é um ponto chave nessa tomada de decisão dos pacientes. Entre as fontes mais consultadas pelos pacientes estão:
Porém, as estratégias de comunicação precisam ser eficazes, o que faz com que seja necessário buscar maneiras mais eficientes de se comunicar. Além de materiais informativos, pode-se também incentivar o paciente a participar de programas relacionados à saúde na comunidade, interagindo com grupos de apoio, e também estimular a mudança de comportamento para que ele monitore suas condições e tenha uma melhor experiência de acesso aos tratamentos.
O desafio para os profissionais de marketing é garantir que os recursos e programas sejam úteis, precisos e atualizados. Saiba quais recursos os pacientes consideram valiosos. Pergunte a eles sobre suas experiências com os materiais e programas e como você pode auxiliá-los em sua jornada. Ao trabalhar em conjunto, você pode ajudar os pacientes com doenças crônicas a adquirir as habilidades, os conhecimentos e ferramentas que precisam para gerenciar melhor seu tratamento.
O paciente quer ser ouvido e valorizado em suas necessidades. Informação ele tem, mas ele precisa mais do que isso. Ele precisa de experiências personalizadas e de recursos que estejam adequados a cada etapa de sua jornada.
Estratégias que podem ser úteis
Algumas estratégias podem ajudar, como criar uma cultura pró-comunicação. Os pacientes crônicos precisam de informações, encorajamento e recursos para ajudá-los a gerenciar sua saúde de forma contínua. Dessa maneira, além de melhorar sua qualidade de vida, é possível reduzir custos com internações e reinternações. É essencial oferecer suporte quando e onde os pacientes mais precisam.
Usar a tecnologia a favor do engajamento do paciente é outro ponto que pode fazer toda a diferença. E aqui não estamos falando apenas de enviar lembretes sobre consultas ou uso de medicações. Ao explorar todo o potencial de sua tecnologia, é possível criar e enviar muitos outros tipos de comunicações relacionadas a cuidados crônicos. A tecnologia permite o fornecimento de comunicações personalizadas.
Mas, para realmente ser útil, a informação precisa ser relevante, com conteúdo focado em prevenção e gerenciamento de doenças adaptado às necessidades e condições específicas do paciente. É possível, por exemplo, usar informações de registros eletrônicos de saúde para estratificar os pacientes em populações com base no estágio da doença. Depois de fazer isso, pode-se enviar comunicações apropriadas para diferentes grupos. Essas comunicações direcionadas ajudarão a aumentar o envolvimento do paciente e a prepará-lo para gerenciar sua saúde.
Desenvolver diretrizes de comunicação, apoiar a adoção de melhores práticas e o uso da tecnologia, além de fornecer incentivos, são algumas das maneiras pelas quais as healthcares podem melhorar a vida dos pacientes crônicos. Pense nisso! Algumas empresas podem ajudar você na construção de uma estratégia eficiente.