Web Summit 2023 é sobre tecnologia e inovação – e como isso impacta o mercado de healthcare?
Realizado no Rio de Janeiro entre os dias 1 e 4 de maio, o Web Summit 2023 foi o primeiro fora da Europa ou América do Norte. Um sinal importante de como o mercado brasileiro é importante para os setores de inovação, empreendedorismo e tecnologia.
Afinal, o país é o único da América Latina que está entre os 10 principais mercados de unicórnios do mundo, com um ecossistema de startups em franca expansão. E, entre as discussões, o tema de healthcare foi um dos mais abordados nas palestras e workshops.
As razões para isso são enormes. Primeiro, o Brasil tem o maior mercado de saúde da América Latina, com mais de US$ 42 bilhões de gastos com saúde privada por ano. Ou seja, é um mercado com bom aporte financeiro e que aind tem espaço para empreendedores que desejam melhorar a saúde e a qualidade de vida de quem vive aqui.
Isso ficou bastante evidente durante a pandemia, em que as buscas por produtos e serviços (delivery) para o autocuidado aumentaram de forma vertiginosa.
Onde a saúde encontra o tech?
Com muitas das discussões do Web Summit girando em torno das novas ferramentas de inteligência artificial, machine learning e analytics (entre outros), ficou claro que essas novidades também serão ou já estão sendo trabalhadas para servirem ao mercado de saúde.
Algumas soluções apresentadas estavam na esfera de sistemas da informação de saúde, que depende de sistemas seguros para garantir a privacidade de dados determinada pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A telemedicina, que passou a ser regulamentada oficialmente durante a pandemia, também se tornou assunto de trabalhos e soluções visando garantir a segurança de dados do paciente.
No geral, no entanto, ficou claro que o setor de saúde terá destaque nos próximos anos com soluções que impactam transversalmente – ou seja, com ferramentas para melhorar a operação e a gestão de ativos—ou mesmo diretamente impactando os pacientes.
Medicina preventiva
A tecnologia à serviço da saúde chegou em um “turning point” para o setor de saúde brasileiro. Dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estimam que as operadores de saúde no país tiveram um prejuízo de R$ 11,5 bilhões em 2022.
“Se os profissionais e os pacientes não olharem para a saúde preventiva, o sistema irá ruir”, disse Guilherme Weigert, CEO da Conexa, plataforma de cuidados integrados, durante sua participação no evento.
Nesse sentido, o uso de inteligência artificial e health analytics tem se mostrado cada vez mais uma solução importante para trabalhar a medicina de forma preventiva –ou seja, cruzando informações do paciente para checar seu risco de desenvolver certas doenças e oferecendo a oportunidade de atuar antes que isso se torne algo mais grave.
Em outra frente, machine learning e AI também são apresentadas como soluções para aumentar a eficiência de atendimento principalmente em prontos-socorros –setor em que houve um grande aumento de procura pelos usuários de planos de saúde nos últimos anos.
Por fim, é importante dizer que, embora o assunto principal em muitas conversas tenha sido o grande salto que a AI deu no último ano (especialmente com as discussões em volta do chat GPT e similares), o foco no ser humano também foi constante.
E isso não surpreende. Afinal, quando falamos em avanços de inteligência artificial, moldada à nossa imagem e semelhança, é impossível não refletir sobre valores e princípios humanos e como estes são –ou deveriam ser—mais importantes do que números, especialmente na medicina e nos serviços de healthcare e healthtech.
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